segunda-feira, dezembro 31, 2007

NO PRINCÍPIO CRIOU DEUS OS CÉUS E A TERRA


Gn 1.1

INTRODUÇÃO
Em hebraico: "Bereshith Bara Elohim et hashamaim veet ha’eretz". Homens tem tentado descobrir a origem de tudo. Quem criou? Ele existia ou teve um início? A Bíblia nos responde com clareza e aponta Deus como o Criador.



I. O TEMPO
1. No princípio (Bereshith) – O princípio é real
2. Temos que estrapolar o limite temporal que vivemos – encontramos a etenidade insondável
3. Não temos como datar – trata de um instante qualquer entre a eternidade e o tempo.


II. O ATO DE CRIAR
1. A palavra bara’ é usada somente para indicar a ação de Deus ao iniciar algo ou um projeto;
2. Siginifica criou, i.e, criar do nada, ou criar algo completamente novo, sem precedentes.
3. A ciência esbarra no “instante zero” – nos cristãos pelo caminho da fé (Hb 11.3) temos convicção de que foi Deus que deu início a tudo.


III. O CRIADOR
1. Deus (Elohim)
2. Elohim (plural “El”) – compreendemos o papel da Trindade
a) Deus Pai – planejador
b) Deus Filho – o verbo (Jo 1.1) por meio do qual tudo veio a existir
c) Deus Espírito Santo (Gn 1.2c) que faz brotar a vida, vivificar, (pairar – como uma galinha a chocar os ovos)
3. O mundo material e moral foram projetados por uma pessoa Deus.


IV. O OBJETO
1. Os céus (et hashamaim) – universo ou cosmo
2. A terra (veet ha’eretz) – o perfeito equilíbrio de nosso planeta (A sua distância do sol, seu tamanho físico, a atmosfera, a litosfera)
3. O universo pelos antigos eram comprendidos pelo céus e a terra – hoje pela ciência sabe-se que existe mais de 100 bilhões de estrelas e mais de 19 galáxias.


V. O PROPÓSITO
1. Deus criou não por necessidade própria, mais criou para louvor e honra de sua Glória
2. Diante de tanta beleza resta ao homem uma atitude de adoração, culto, ação de graças e incontido louvor
3. Deus Trino, por livre iniciativa, criou tudo que contemplamos hoje (matéria visível e invisível), e colocou o homem como cabeça da criação
4. Resumo:
a) Deus é a origem de tudo quanto existe – ser humano, natureza, cosmo,.., tudo deve a Ele sua existência e a sua propagação;
b) Toda existência e forma de vida são boas se estão corretamente relacionadas com Deus e dependentes dEle;
c) Toda vida e criação pode ter relevância e propósito eternos.
d) Deus tem direitos soberanos sobre toda a criação, em virtude de ser seu Criador;
e) Num mundo caído, Ele reafirma esses direitos mediante a redenção (Êx.6.6; 15.13; Dt.21.8; Lc.1.68; Rm.3.24; Gl.3.13 ;1Pe.1.18).


CONCLUSÃO
"Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; Que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites?" (Salmo 8:3-4). Tudo que possuímos ou queremos possuir provém de Deus. Esta noite Ele pergunta “O que queres que te faça?” (Lc 18.41)

sexta-feira, novembro 30, 2007

PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE!


כה וַאֲנִי יָדַעְתִּי, גֹּאֲלִי חָי; וְאַחֲרוֹן, עַל-עָפָר יָקוּם.

Jó 19.25

INTRODUÇÃO
Livro mais antigo e de insondável riqueza. Mostra a experiência do sofrimento humano. Quando Jó fez essa declaração estava se referindo a algo mais do que a simples percepção de um fato. Ele estava testemunhando de um relacionamento pessoal, íntimo com Deus.

I. CONHECENDO A JÓ

1. O início de tudo
a) Satanás “o acusador” – rodeava a terra; cenário – audiência celestial;
b) Deus se orgulha dos servos fiéis – e acredita na fidelidade de seu servo;
c) Satanás questiona que sua fidelidade era interesseira – prosperidade, felicidade;
d) A prova advém, visando tornar a acusação de Satanás falsa – permissão para afligir Jó;
e) Em um dia perdeu tudo – toda a riqueza, filhos; “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!” (1.21)
2. O acusador
a) Jó adora ao Senhor ante a perda – Deus reafirma da fidelidade de Jó a Satanás;
b) O acusador não satisfeito – afirma que ele é fiel por não ter sido tocado na carne;
c) Deus autoriza a dor no corpo, com a condição dele não morrer;
d) No dia seguinte feridas inflamadas, úlceras, coceiras tomam conta do corpo de Jó (2.7-12);
e) Desfigurado, sem apetite, medo, depressão, dor, delírio, insônia,.... (3.23,25;7.5;9.18;16.16; 19.17,20;30.27,30).
3. Outros acusadores
a) Se coçando com um caco, nas cinzas, no lixão da cidade – a mulher manda-o amaldiçoar a Deus e morrer;
b) Jó resiste “... temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” (2.10);
c) Aparecem três amigos que ao invés de consolar acusam:
- Elifaz (heb. Deus é ouro finíssimo); teologia “causa e efeito”;
- Bildade (heb. Bel me amou); teologia “a transgressão deve ser punida”;
- Zofar (heb. Aquele que parte cedo); teologia “o sofrimento ainda é pouco”.
d) Neste quadro Jó exclama: “Porque eu sei que o meu Redentor vive”.

II. PORQUE EU SEI....

1. Demonstra certeza – crer, acreditar
a) Jó desejava que essa declaração ficasse gravada “rocha” – Deus atendeu (repercute hoje);
b) Sem convicção não há transformação;
- Jó tinha esta convicção: Pois eu sei... (19.25);
- Paulo também: Por esta razão sofro também estas coisas, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia (2 Tm 1.12).
2. Demonstra segurança – confiança
a) Trata de um grito de esperança ante ao desprezo absoluto;
b) Há situações que só o Redentor pode nos consolar – Jesus é nosso amigo bem de perto “Ainda que o meu pai e a minha mãe me abandonem, o SENHOR cuidará de mim” (Sl 27.10);
c) Cristo é o nosso substituto – tirou o fardo pecado (Mt 11.30); levou nossas dores... (Is 53.4).

III. QUE O MEU REDENTOR VIVE.

1. Quem é o Redentor?
a) A esperança de um redentor vem se fortalecendo na vida de Jó à medida que a história vai se desenrolando (9.33;16.18);
b) A posição do redentor (gô’el) era a do parente mais próximo – responsabilidade de restaurar a fortuna, liberdade e nome do parente, i.e., corrigir o mal realizado;
c) Na provação conhecemos a Deus – experiência pessoal “não só de ouvir falar...”
2. Jó estava conhecendo a Deus
a) Seu testemunho foi desacreditado ante as acusações – ansiava por um vingador celestial, divino, alguém que o defendesse;
b) Cria que apesar dos parentes terrestres o deserte o divino agiria em seu favor;
c) Esperança firme de que o redentor renovaria seu corpo e sua condição;
d) Embora não vendo acreditava que “ele vive e vingará de toda a injustiça”.
3. Conhecemos a Deus?
a) É nas horas mais difíceis que conhecemos nossos verdadeiros amigos e Deus se revela;
b) Temos necessidades e passamos por aflições (Jo 16.33) – porém nossa fé em Deus não pode desvanecer;
c) É na nossa impossibilidade que dependemos totalmente de Deus;
d) Temos um Advogado diante de Deus – Jesus Cristo o Intercessor/mediador (1Tm 2.5-6).

CONCLUSÃO

Não sei qual o contexto de sua vida. Quais as circunstâncias que lhe atinge. Será que você dizer como Jó “Porque eu sei que o meu redentor vive!”. Sem convicção não há transformação. “...sem fé é impossível agradar a Deus;” (Hb 11.6). O segredor é acreditar: "Em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra; em lugar da afronta, exultareis na vossa herança; por isso, na vossa terra possuireis o dobro e tereis perpétua alegria." (Is 61.7)

terça-feira, outubro 30, 2007

O SENHOR É A NOSSA HERANÇA!


O MINISTÉRIO DOS LEVITAS
Dt 10.9b



INTRODUÇÃO

No meio evangélico o termo “levita” tomou uma conotação comum, sem muitas vezes expressar seu real significado. Poucos sabem o que é um levita e quais as suas funções, outros se autodenominam como levita. Neste pequeno espaço de tempo, estaremos aprendendo a origem dos levitas, suas funções e sua herança.

I. A ORIGEM DE LEVI
1. Significado do nome
a) Levi no hebraico “lavah”, significar associado, juntar, unir (Nm 18.2,4);
b) Outras variações – termo árabe “lawiyu” que significa aquele que fez voto ou aquele que esta endividado; termo cognato do hebraico “lawi’a” significando sacerdote, vinculado ao verbo juntar.

2. Origem de Levi

a) Levi foi o terceiro filho de Jacó com sua esposa Lia (Gn 29.34);
b) Teve três filhos: Gérson, Coate e Merari, cada um dos quais fundou uma família tribal, Gn 46.11; Êx 6.16; Nm 3.17; 1Cr 6.16-48;
c) Moisés e Arão eram levitas da casa de Anrão e da família de Coate (Êx 6.16, 18, 20, 26).

II. A ELEIÇÃO DA TRIBO DE LEVI
1. A eleição dos Levitas (Nm 18.1-2)

a) Refere-se a um membro da tribo de Levi – era uma tribo secular que virou sacerdotal;
b) Ao incumbir Arão e seus filhos pelo santuário e sacerdócio, Deus designou a tribo de Levi para auxiliá-los;
c) A tríplice divisão que descendia de Levi era: sumo-sacerdote, sacerdotes e levitas.

2. Os levitas como substitutos

a) Todo o primogênito da terra pertence ao Senhor (Êx 13.1-2);
b) Deus adotou essa tribo como sua própria herança em lugar de cada primogênito de Israel (Nm 3.11-13);
c) De acordo com as circunstâncias em que se deu o livramento do cativeiro da terra do Egito (Êx 13.11-16).

3. Deveres dos Levitas segundo a legislação mosaica

a) Levar a arca e transportar o tabernáculo e os seus utensílios, sempre que se mudava o acampamento (1Sm 6.15; 2Sm 15.24);
b) Realizar vários serviços no tabernáculo (Ex 38.21; Nm 1.50-53);
c) Servir Arão e seus filhos (Nm 3.9; 8.19; 25-37; 4:1-33; 1 Sm 6:15; 2 Sm 15:24);
d) Davi os incumbiu da música litúrgica (1Cr 15.16,17,22) e guardas do Templo (1Cr 9.26; 26.17);
e) Na época de Esdras ensinaram a Lei ao povo (Ne 8.7-8; Dt 31.25).

4. A divisão dos trabalhos (Nm 3), entre os filhos de Levi: Gérson, Coate e Merari:

a) Cada divisão tinha um cargo especial em relação com o cuidado do tabernáculo;
b) Gersonitas ao ocidente – ajudar no transporte do tabernáculo quando o povo mudava o acampamento de um lugar para outro, e formar a guarda quando estavam estacionados (vv. 21-26);
c) Coatitas ao sul – tinham a seu cargo os móveis e utensílios do tabernáculo, os quais eram transportados em quatro carros puxados por oito bois (vv. 27-32);
d) Meraritas ao norte – cuidavam das tábuas da armação, que eram levadas nos ombros, utilizando-se varais (vv. 33-37).

5. A organização de Israel
a) A organização do povo de Israel mostra uma das características de Iahweh (Sl 27.11; Pv 19.21).
b) Arão e seus filhos foram separados para o sacerdócio que se perpetuou na sua família;
c) O tabernáculo e o culto nele celebrado exigiam grandes cuidados e zelo no transporte do rico santuário, no preparo dos materiais necessários ao culto;
d) Exigiam serviços que excediam as forças de um homem ou de uma família. Precisava-se de auxiliares. O cuidado pelo tabernáculo era cargo muito honroso.

III. REQUISITOS PARA SER UM LEVITA
1. Ser consagrado (Lv 8.5-26)

a) O fato de ser levita não era a única condição para entrar no ofício sagrado – não basta só crer;
b) Os levitas deviam ser apartados para a obra do tabernáculo mediante uma cerimônia especial;
c) Purificava-se oferecendo sacrifícios, sendo espargidos com água misturada com cinzas de bezerra ruiva, barbeando-se e lavando seus vestidos, os sacerdotes impunham as mãos sobre os levitas na cerimônia de consagração;
d) A água pura e a navalha afiada representam o afastamento de tudo quanto impede a dedicação espiritual e assinalam a purificação de tudo quanto mancha o corpo e o espírito.

2. Outros Requisitos
a) Entravam na profissão aos 25 anos de idade provavelmente como aprendizes em prova sob a vigilância de levitas mais velhos (Lv 4.3; 8.24);
b) Ao atingir os cinqüenta anos, o levita era eximido dos trabalhos rigorosos, mas podia continuar servindo nos deveres mais fáceis do tabernáculo;
c) Santificação – nenhum Levita poderia fazer a obra de Deus sem estar com sua vida em santidade (Nm 8.21-22; Hb 12.14), tinham que se lavar e purificar suas vestes.

3. Por que estes requisitos

a) Além dos trabalhos inerentes ao tabernáculo, serviam como uma espécie de pára-choque para protegerem as demais tribos israelitas da indignação de Deus, que os ameaçava se despercebidamente entrassem em contato com a tenda sagrada ou com os seus móveis (Nm 1.47-54);
b) Quando o povo quebrou o pacto de obediência a Jeová, fabricando o bezerro de ouro, somente os levitas permaneceram fiéis à sua aliança com Deus (Ex 32.26-29; Nm 3.9,11-13,40, 41, 45; 8.16-19).

IV. A HERANÇA DOS LEVITAS

1. Efeitos da eleição (Dt 18.1-8)
a) Não receberiam território como as demais tribos e sim 48 cidades dispersas para residirem (Nm 35.1-8; Js 21);
b) Estariam espalhados a fim de que seus serviços estivessem ao alcance de todo o povo hebreu;
c) Nesta qualidade, a tribo não trabalharia a terra, mas viveria dos dízimos e ofertas do povo;
d) Todo o tempo, talentos e virtudes pertenciam a este ofício, que era também o ofício do povo mesmo;
e) Portanto, "O Senhor é a sua herança" (Dt 10:9) – mostra dependência a providência.

2. Como ser um levita hoje
a) O Sistema sacerdotal do AT era sombra do sacrifício perfeito de Cristo (Hb 8.5-6); somos nação santa e sacerdócio real em Cristo (1Pe 2.9)
b) O levita do VT nada mais é do que a figura do servo do NT, que se consagra e assume a posição de levita para conduzir o tabernáculo do senhor;
c) Não há como exercer o ministério diante do Senhor sem passar pela experiência da santificação, da purificação pela palavra de Deus (Ef 5.26);
d) Novo nascimento – vida de oração, leitura da palavra, congregar, jejuar (1Ts 5.16-18);
e) Pessoas com vidas deformadas, sem visão do Reino, buscam seu próprio prazer – shows, emoções passageiras sem a presença de Iahweh. Atraem maldição em vez de bênção.

CONCLUSÃO

A responsabilidade de um levita vai além de se expressar por meio do louvor, instrumentos ou outra forma de adoração, exige uma vida de consagração (separação do pecado, envolvimento com o Reino de Deus). Idéia de entrega total, dependência de Deus. Tem a tarefa de juntar, unir a esposa ao Esposo (Jesus). Pergunto: Como você está usando o dom de Deus? Em proveito próprio? Para unir? Separar? Ou não está usando?

domingo, setembro 30, 2007

A PARÁBOLA - Do Fariseu e do Publicano

(Lc 18.9-14)

I. INTRODUÇÃO
O texto em questão trata do pecado do orgulho e seus males. Jesus exemplificou a oração com três parábolas: “o amigo Importuno, o Juiz Iníquo e esta”. Veremos o contraste entre o fariseu (religião/religiosidade), porém voltou vazio do templo, porque tudo era aparência (coração cheio de autojustiça e orgulho). Mostrava-se justo, contudo seu coração não amava a Deus nem ao próximo. A autojustiça é um mal universal (Pv 20.6).
Mediante o contraste de pessoas, de orações e de respostas, Jesus traz uma mensagem atual aos nossos corações.

II. CONTRASTE DE PESSOAS
1. Os fariseus

a) Seita religiosa judaica; 2ª metade do período interbíblico; pós-cativeiro;
b) No início eram devotos e fiéis, visavam conservar a fé, a obediência a Lei, a pureza moral e espiritual; além de fortalecer a esperança no Messias;
c) Contudo tornaram-se legalistas, formalistas e hipócritas, dando mais valor à tradição do que as Escrituras.
d) Apesar de considerarem intérpretes, possuidores de todo o tesouro de conhecimento de Deus, Jesus os advertiu.
Obs.: Escala a ser evitada – muitos seguimentos começam ardentes (zelosos pela espiritualidade, santificação, evangelização), depois ficam decadentes (ofuscados pelas coisas desta vida).
2. Os Publicanos

a) Eram cobradores de impostos; odiados e tidos como traidores (funcionários de Roma);
b) Publicano (publicum) – tesouro nacional, renda pública; geralmente extorquia dinheiro; suborno (Lc 3.12,13); desonestos tanto para o povo quanto para o governo; taxas exorbitantes (Mt 7.28; Mc 7.3);
c) Classificados junto com os pecadores (Mt 9.10-13; Lc 15.1); com meretrizes (Mt 21.31); e com os gentios (Mt 18.17; 1Ts 4.5);
d) Tidos como impuros por seu contato com os gentios.
3. O Estado interior do Fariseu (v. 9)

a) Confiavam em si mesmo – em suas próprias realizações; grande erro, confiar em coisa fraca como: o eu, a riquezas (Mc 10.24), os homens (Jr 17.5), os muros (Dt 28.52), os carros e cavalos (Sl 20.7), as palavras falsas (Jr 7.8), a formosura (Ez 16.15), a armadura humana (Lc 11.22);
b) Crendo que eram justos – supostas perfeições; superiores aos demais; alimentavam uma falsa fé quanto a justiça; ir perante Deus julgando-nos merecedores;
Obs.: Razão de algumas orações não serem respondidas. O que recebemos e resultado da misericórdia e amor divino (Dt 7.6-8; Tt 3.5-7).
c) Desprezavam os outros (reputavam como nada; resto) – pensamentos de ódio contra os que necessitavam de misericórdia e de graça; aos seus olhos os outros não pareciam justos como ele; quem não agisse como ele era pecador (Is 65.5);
d) A verdadeira fé cristã é por natureza humilde, descobrimos que nada somos ante a Majestade de Deus.
Obs.: Deus não despreza ninguém (Rm 14.10); Não devemos rejeitar, discriminar, não dar importância, isto é, considerar a pessoa como nada; ter egoísmo religioso.
4. Duas Classes mais Contrárias

a) O Fariseu diante dos homens seria justificado por sua aparência de Santo, conhecimento, prática da Lei, doutrina, freqüência aos cultos, jejum e orações; considerado o modelo da mais elevada forma de expressão da piedade religiosa;
b) O Publicano diante dos homens seria reprovado por ser mal visto; considerado a mais inferior das formas de expressão da piedade religiosa; longe do arrependimento e da posse da vida eterna;
c) Deus conhece o coração contrito e sincero – viu que o publicano se aproximou dependente tão somente da Sua graça.

III. CONTRASTE DE ORAÇÕES

1. Os dois subiram ao Templo (v. 10)
a) O fariseu pela aparência parecia muito importante – vestes, linguajar, fisionomia e autoconfiança; contudo Deus pesa o espírito (Pv 16.1-2)
b) “Para orar” – ambos oraram, mas apenas um teve a oração respondida;
c) O fariseu não foi orar – ele foi informar a Deus o quanto ele era bom; exibir suas excelências morais.
d) Extraímos as seguintes lições:
- O orgulhoso não ora em espírito e em verdade (Jo 4.23,24);
- Quem despreza o próximo não tem condição de orar;
- O exemplo do publicano, “a humildade” deve se imitado (Sl 51.17);
- Devemos ir a Casa do Senhor, regularmente (Hb 10.25).
2. A oração do fariseu

a) Sua postura na oração (v. 11) – mesma posição do publicano, porém o verbo está empregado diferentemente:
- Estava em pé de modo soberbo, exibicionista e denotando superioridade;
- O publicano estava compenetrado como que examinando a si mesmo; seu coração se mostrava sensível para com Deus;
b) O conteúdo da oração do fariseu (vv. 11,12) – revela seu caráter:
- “Graças te dou” – agradece a Deus por não ser igual aos demais (atribuía a Deus sua autoconfiança e hipocrisia), significa realmente acusá-Lo;
- “Não sou como os demais homens” – mostra-se superior; uma classe elitizada;
- “Roubadores, injustos e adúlteros” – pecados ligados a bens alheios, a Deus e ao próximo, respectivamente; não tinha mancha de injustiça; prestava um relatório a Deus dos outros; Isto é Oração?
- “Nem ainda como este publicano” – atitude de desprezo ao próximo e orgulho pessoal;
- Sua oração fala o que era e o que fazia – não atinava com a necessidade de sua própria alma; praticava a lei moral e cerimonial com perfeição; nossa oração deve ser inspirada pelo Espírito Santo (Rm 8.26; Ef 6.18)
c) O jejum do fariseu (v. 12):
- Duas vezes por semana (segunda e quinta-feira) – formalidade e não por necessidade;
- Certos crentes só jejuam quanto entram em crise; a posteriori e não a priori;
- Tornaram-se extermistas e externalistas, esquecendo das questões espirituais mais profundas (justiça, misericórdia, fé);
- O jejum é bíblico, mas tem que ser espontâneo; é grande aliado a oração;
- quem não ora é vencido, derrotado, inativo, isto é, uma folha ao vento;
3. A oração do Publicano (v. 13)

a) “Estando em pé” – atitude de humildade, sem qualquer ostentação;
b) “De longe” – longe do templo (neste ficava apenas os sacerdotes); em volta do templo havia várias áreas (átrios), onde ficava o povo (grupos)
- O fariseu postou-se próximo ao templo; o publicano noutra extremidade (reconhecendo a indignidade de aproximar-se do Santo lugar);
- Atitude de Isaías (Is 6.5-7); Paulo (1Tm 1.15);
c) “Nem ainda queria levantar os olhos aos céus” – indício de vergonha (dos pecados contra Deus e sua Lei); enquanto o fariseu menosprezava o próximo, o publicano sentia-se o menor;
- devemos nos apresentar a Deus conscientes de nossa condição humana, mas amparados pelo Espírito Santo;
d) “Batia no peito” – convicto de que suas palavras não eram suficientes para expressar seu arrependimento, coração quebrantado, lamento, pesar, humildade de alma, tristeza extrema, aflição (Lc 23.48; Jr 31.19; Na 2.7).
e) Três elementos importantes na oração do publicano (v. 13):
- Invocação a Deus – o fariseu se dirigiu a Deus, no sentido capitalista (merecimento), orava consigo (v. 11), exalta os próprios méritos; Nada pediu a Deus, nada confessou e nada dependeu; o publicano contemplava a necessidade de Deus;
- Suplica a Deus – clama por misericórdia, desejo de perdão, mediante o sangue expiador aspergido sobre o propriciatório (Ex 25.21,22; Rm 3.25; Propiciar é reconciliar, pacificar, mediante oferta judicial reparadora;
- Condição de pecador – sentia-se como o maior pecador do universo.

IV. CONTRASTE DE RESPOSTA
1. Os dois desceram juntos (v. 14)
a) Agora havia uma diferença:
- um desceu justificado (publicano) e outro desceu com seus pecados (fariseu);
- Justificar é mais do que perdoar é ser declarado justo diante de Deus;
b) Mediante a fé no sacrifício de Cristo, somos justificados.
2. Como ser justificado? (Jó 9.2)
a) Na oração do publicano vemos o elemento fundamental da justificação: fé em Cristo (Fp 3.9; Rm 3.22);
b) Deus, que precisa ser desagravado, contra quem pecamos, cuja lei quebramos, por já nascermos pecadores (Rm 3.23, Is 12.2; Sl 68.20);
c) A justificação do pecador, pelo sangue expiador sobre o propiciatório – redimidos pelo sangue de Cristo (1Pe 1.18,19); sem justificação ninguém entrará no reino dos céus;
d) O pecador – isto é culpado; para ser salvo deve-se reconhecer a condição de pecador (Mt 9.13).

V. CONCLUSÃO
Aprendemos neste estudo que Deus abate o orgulhoso e exalta o humilde de espírito, tanto pessoas como nações. O segredo de ter resposta de Deus, não esta na religiosidade e autosuficiência (que leva a ruína), mais na completa noção de quem somos e de nossa dependência total para com a graça e misericórdia divina.

sexta-feira, agosto 31, 2007

O QUE VOCÊ DAR VALOR?

Mt 6.19-21

INTRODUÇÃO
O homem atribui valor a tudo o que o circunda. Em sua escala de valor, quais as necessidades que você colocou como prioridade? Onde se encontra seu compromisso para com Deus e com seus semelhantes.


I. CRIANDO A ESCALA DE VALORES
1. A Escala advém de uma necessidade
a) O que tem sede busca água; o sem teto busca casa; o abastado busca lazer;
b) A falta estimula o homem para a obtenção do desejo dentro de sua escala de valores;
c) O homem sábio anseia por Deus (Sl 130.6)
2. Tipos de necessidade
a) Necessidades materiais – bens, status, satisfações, realizações
b) Necessidades espirituais – satisfação da alma; paz, felicidade, estar com Deus...


II. EFEITOS DA ESCALA DE VALORES
1.
A necessidade exige uma contraprestação
a) Para se obter algo tem que despender algo (bem = R$; reconhecimento = favor)
b) Estímulo (de ter) x limitação (de poder) = equilíbrio
c) Existe uma limitação ao querer – por trás dos estímulos existe uma norma de conduta
d) O não cumprimento imputa em sanção (moral / legal)
e) O desequilíbrio desfalca o patrimônio e destrói a harmonia do ser
2. Conseqüências da busca insensata
a) Instabilidade para com os semelhantes – dívidas, maus exemplos
b) Instabilidade para consigo mesmo – stress, depressão, ansiedade,... afeta o físico
c) Instabilidade para com a vontade de Deus – apatia, apostasia, negligência, falta de avivamento (Hc 3.2)...


III. ESCALA DE VALORES NA RELAÇÃO DEUS, HOMEM E PRÓXIMO
1. Existe uma relação orgânica dentro do corpo (Cl 3.15-17)
a) Para a obtenção do meu desejo preciso do próximo (a mão precisa do braço, assim como este do pé)
b) Para se concretizar a vontade de Deus, precisamos uns dos outros (Ef 4.15-16);
c) Multiplicidade de órgãos, funções e dons, onde Cristo é o cabeça (Rm 12.4,5; 1Co 12.12)
2. O que deve conter a escala de valor do cristão
a) A união com nossos semelhantes, tendo Cristo como cabeça, nos leva a obter o desejo dentro de nossa escala de valor
b) O maior dos mandamentos – vertical (Deus) Horizontal (próximo) sentido da (cruz)
c) No corpo que é a igreja, uns suprem o que aos outros faltam - ai está o segredo
- os dons espirituais tem como pano de fundo o amor e são para o benefício do corpo (1Co 12 e 13)
3. A relação imputa em contrato (2Co 3.6)
a) Temos um contrato com Deus – Ele cuida de nós se realizarmos sua vontade;
- o preço foi o sangue; contraprestação = sacrifício;
- Cristo em seu projeto substitutivo, pagou a dívida e nos justificou ante Deus (Jo 4.34);
- na correria da vida esquecemos de Deus e de seu projeto para a humanidade; sociedade consumista/capitalista
b) Submissão a uma regra de conduta para se ter a proteção de Deus (Jo 7.17)
4. A vontade de Deus é:
a) Convergir todas as coisas a Cristo(Ef 1.10) - tanto na terra como no céu/Ele é o centro
b) A santificação do homem - "Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação"(1Ts 4.3)
c) Que o amemos de todo coração e ao próximo como a nós mesmo(Mc 12.30,31)
d) Que cumpramos a Grande Comissão(Mt 28.19,20) - servir, evangelizar e discipular


CONCLUSÃO

O que compõe sua escala de valor? Apenas desejos pessoais? Como estar a vontade de Deus em sua vida? Deus tem compromisso com aquele que tem compromisso com Ele. "Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6.33)

terça-feira, julho 31, 2007

A VELHICE VEM....LEMBRA-TE!


(Ec 12.1-8)

1 Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos em que dirás: Não tenho prazer neles; 2 antes que se escureçam o sol e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva; 3 no dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas, 4 e as portas da rua se fecharem; quando for baixo o ruído da moedura, e nos levantarmos à voz das aves, e todas as filhas da música ficarem abatidas; 5 como também quando temerem o que é alto, e houver espantos no caminho; e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e falhar o desejo; porque o homem se vai à sua casa eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça; 6 antes que se rompa a cadeia de prata, ou se quebre o copo de ouro, ou se despedace o cântaro junto à fonte, ou se desfaça a roda junto à cisterna, 7 e o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu. 8 Vaidade de vaidades, diz o pregador, tudo é vaidade.

I. INTRODUÇÃO
O autor interrompe sua narração sobre alegrar-se em todas as coisas da vida, e nos convida a lembrar do criador. De todas as criaturas que Deus fez, o ser humano é incomparavelmente superior e também a mais complexa. Por seu orgulho, no entanto, o ser humano comumente se esquece de que Deus é o seu Criador, que ele é um ser criado, e que depende de Deus. Esclarece a fragilidade da vida humana debaixo do sol, porém há tempo para todo propósito (Ec 3).

II. LEMBRA-TE!...
1. Antes que venham os dias maus (v.1)
a) Depois dos gozos fáceis e dos desperdícios da juventude, naturalmente vêm dias de tédio, quando o passado é recordado apenas para causar tristeza;
b) Por isso é bom lembrar que tudo passa nesta vida – estes dias não atingem apenas os idosos;
c) A velhice será feliz, se a vida foi em companhia do Criador, em obediência à sua vontade.
2. Antes que se escureçam o sol, a lua e as estrelas do esplendor da tua vida (v.2)
a) Os astros aí mencionados são sinônimos de alegria.
b) Representam os dias venturosos da mocidade, que passa.
c) O sol, a luz e as estrelas empalidecem, e a escuridão chega.
3. Antes que tornem a vir às nuvens depois do aguaceiro (v.2)
a) As nuvens prenunciam temporal – tempestades da vida que nos assolam;
b) Depois do aguaceiro – surpreende muita gente, ninguém espera;
c) A vida não é regada só de sol, lua e estrelas – Os desavisados sofrem.
4. Antes do dia em que tremerem os guardas da casa – os teus braços (v.3)
a) Os braços são aqui representados como os guardas da vida, isto é, da casa;
b) Esses braços vigorosos defendem qualquer corpo contra as agressões de fora – sem eles ficamos vulneráveis;
c) Há tempo em que os braços ficam fracos e o corpo fica sem defesa – não tem mais firmeza para sustentar objetos, pois perdem a força e tremem.
5. Antes de se curvarem os homens fortes – as tuas pernas (v.3)
a) As pernas transportam o corpo – para os prazeres da vida (coisas boas e ruins);
b) Bom é lembrar que estes homens fortes um dia enfraquecem e o corpo que carregavam começa a inclinar-se – Devemos cumprir o IDE de Jesus, enquanto eles são fortes(Mt 28.19-20);
c) Os tendões das pernas ficaram flácidos, os músculos perderam o seu vigor, bem assim aquela agilidade, tão própria da juventude.
6. Antes de cessarem os moedores, por já serem poucos (v.3)
a) Os dentes são considerados os moedores da boca, os quais vão caindo um a um, ficando uns quantos fracos para mastigar os alimentos, criando uma dificuldade para nos alimentarmos por serem poucos;
b) Na época do autor não havia dentistas nem protéticos para cuidarem da boca – da atração da mocidade a um desdentado;
c) Isso é bom para ser lembrado, quando os nossos moedores estão fortes e sadios, quando devemos ter o cuidado de trazê-los limpos e higiênicos, nos alimentados de coisas boas.
7. Antes de se escurecerem os que olham pelas janelas, e as portas se fecharem (v.3)
a) Mesmo que haja pessoas de vista fraca na mocidade, não há dúvidas de que os anos concorrem para o enfraquecimento da vista.
b) Nessa altura, não há mais encantos para os órgãos do corpo – cegueira espiritual;
c) Muitos gastaram a vida em obras boas, em serviços ao próximo – para estes os olhos não perdem o vigor, pois o serviço do passado compensam a falta atual.
8. Antes de for baixo o ruído da moedura, e ...todas as filhas da música ficarem abatidas (v.4)
a) Quando não mais podemos distinguir os sons nem mesmo com ajuda de aparelhos auditivos – significa decadência da vida, quando se perde o gosto de muita coisa;
b) Quando o que antes nos seduzia agora não atrai – através deles gravamos em nossa mente as informações;
c) A decadência leva-nos a surdez – quando não reconhecemos a voz de Deus nem seus avisos.
9. Antes também de temeres o que é alto (v.5)
a) Medo do desafio – os velhos não têm coragem de subir um monte, ou por causa do coração ou por fraqueza das pernas;
b) Os alpinistas (novos na fé) são um desafio aos velhos admiradores da sua coragem;
c) Na vida cristã precisamos demonstrar coragem e força – pois é Deus que nos fortalece.
10. Antes que te espantes do caminho (v.5)
a) Para os jovens o caminhar e o correr são coisas naturais;
b) O receio de fazer a vontade de Deus leva a apatia e apostasia;
c) Devemos sair do passado e enfrentar o desconhecido confiando em Deus.
11. Antes floresça a amendoeira (v.5)
a) As cãs são um produto da idade, e quando a cabeça começa a embranquecer, pode-se usar de tinturas para desfazer a impressão, mas a realidade interna fica;
b) A amendoeira na primavera é um encanto, como o são outras árvores, especialmente em climas tropicais;
c) Antes de alcançar esta fase devemos realizar os desígnios de Deus.
12. Antes de te perecer o apetite – “gafanhoto ... praça” (v.5)
a) Os velhos podem ter bom apetite, mas são proibidos de comer muito – não podem jantar, nem, dar-se aos prazeres da mesa;
b) Quando isso acontece, estamos perto de ir à casa eterna, e os pranteadores rondam a nossa porta;
c) A falta de apetite espiritual leva a morte.
13. Antes que se rompa a cadeia de prata ou se quebre o copo de ouro (v.6)
a) A cadeia de prata – isto é, a nossa coluna vertebral que mantém nosso corpo ereto, e que é a viga mestra para sustentar todas as nossas atividades físicas em perfeita ordem, com a velhice esse vigor vai-se embora e ficamos com dificuldade para nos mantermos eretos e temos uma vida normal.
b) Copo de ouro – isto e o intelecto, a mente, que nos capacita a termos o poder do raciocínio lógico e sistemático, faculdade e poder de discernimento, no vigor da idade temos muita facilidade para coordenarmos o raciocínio, e passamos nossas idéias de maneira lógica e racional, mas na velhice perdemos tudo isso, é como que se tornássemos crianças de novo, perdemos o poder de raciocínio lógico.
c) Devemos empregar nosso vigor e intelecto ao serviço do Senhor;
14. Antes que se despedace o cântaro junto a fonte ou se desfaça a roda junto a cisterna (v.6)
a) A quebra do cântaro junto à fonte significa a queda da pessoa. Acontecendo isso, quebra-se a roda junto ao poço, outra figura da vida que passou;
b) Cântaro fala sobre o nosso sistema respiratório, que em nossa mocidade tem toda força, mas quando chega a velhice temos certa dificuldade para respirar;
c) Roda fala dos órgãos vitais à vida humana, que na juventude trabalha em pleno vigor, mas na velhice trabalha com extrema dificuldade pelo desgaste ocorrido ao longo dos anos.
15. Antes que o pó volte a terra como o era e o espírito a Deus que o deu (v.7)
a) Representa o fim da vida, e é o que espera todo mortal;
b) O corpo virá pó novamente e o fôlego de vida dado por Deus volta para Ele – tudo passa só o espírito, dado por Deus, volta à sua origem;
c) O aniquilamento é certo.

III. CONCLUSÃO
O autor encerra o texto afirmando que tudo é Vaidade de vaidades. Nesta vida, tudo se reduz a nada, para nós que vamos para o outro lado, de onde não se volta, deixando aqui para os outros as nossas conquistas. Tudo termina mesmo num montão de poeira, menos o nosso espírito, que se volta às alturas, à presença de Deus, onde presta contas dos dias que viveu aqui (11: 9).
Colocando em ênfase que o homem deve lembrar-se do criador nos dias do seu vigor físico. Pois é exatamente neste período da vida que temos condição de servimos a Deus, com mais dedicação e força, e aproveitarmos a cada oportunidade que Deus nos dá para servi-lo nesta presente vida.
Contudo, apesar desta realidade da degradação física, nós somos ensinados pela palavra de Deus que o nosso corpo é templo do espirito santo 1Co. 6:18, como templo do Espírito santo nós devemos cuidar do nosso corpo, pois através dele nós glorificamos a Deus 1Co. 6:13.
Nos devemos cuidar da nossa alimentação do nosso descanso, para que tenhamos uma velhice sadia apesar do desgaste que ocorre no nosso corpo. Devemos zelar do nosso corpo, pois Deus preparou, para que nós pudéssemos gozar da vida de maneira que posamos satisfazer nossas necessidades, dentro da vontade de Deus, que criou o homem para ser feliz e gozar essa felicidade.

sábado, junho 30, 2007

PLENA CONVICÇÃO


(1 Jo 3.10-20)

10 Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do Diabo: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem o que não ama a seu irmão. 11 Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio, que nos amemos uns aos outros, 12 não sendo como Caim, que era do Maligno, e matou a seu irmão. E por que o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas. 13 Meus irmãos, não vos admireis se o mundo vos odeia. 14 Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte. 15 Todo o que odeia a seu irmão é homicida; e vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele. 16 Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a vida pelos irmãos. 17 Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitando, lhe fechar o seu coração, como permanece nele o amor de Deus? 18 Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade. 19 Nisto conheceremos que somos da verdade, e diante dele tranqüilizaremos o nosso coração; 20 porque se o coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas.

INTRODUÇÃO

Será que podemos responder de forma convicta as seguintes perguntas:
a) Sou mesmo salvo?
b) Para onde irei quando morrer?
c) Sou mesmo filho de Deus?
No estudo de hoje veremos que a Palavra de Deus nos garante resposta certa e segura sobre estas questões. Convicção é uma certeza absoluta, bem alicerçada.
Interrogar não ofende a Deus, a ofensa vem de uma intenção culposa ou de colocar dúvida ante uma evidência de sua revelação.

I. CONVICÇÃO PELA NOSSA CONDIÇÃO DE FILHOS
1. Nem todos são filhos de Deus (Mt 7.15-23)
a) Cristianismo nominal e de fachada
b) Vida despida da espiritualidade de Deus
c) A conduta nos ajuda a identificar os filhos de Deus dos filhos do diabo (1Jo 3.10)
d) O inimigo tenta imitar as coisas de Deus (liturgias, curas, línguas estranhas,...) – contudo não poderá imitar a prática da justiça e do amor.
2. Os filhos de Deus são regenerados (tornar a gerar)
a) Gerados no Espírito Santo (Jo 3.5)
b) Nascidos do alto, pelo poder de Deus
c) Abomina o pecado (1Jo 3.9)
3. Os filhos de Deus são transformados (Rm 12.1-2)
a) Andam na luz (Sl 119.105; Pv 4.18; Jo 3.20)
b) Crêem no Senhor Jesus (Jo 1.12) por meio da fé
c) Pela ação do Espírito Santo é feito filho de Deus(Jo 3.3-5; Hb 10.22)
4. Por que os ímpios descrêem de nossa convicção?
a) Não entendem as coisas espirituais (1Co 2.14-16
b) É uma obra no interior ((Jo 3.8)
c) A conduta escandalosa de alguns cristãos (1Jo 3.12; Mt 18.7)

II. CONVICÇÃO BASEADA NA PALAVRA DE DEUS
1. A Escritura é digna de toda confiança
a) O Espírito Santo como pedagogo nos ensina
b) Ela nos dá a certeza de nossa convicção cristã (Jo 15.3)
2. A clareza bíblica
a) Firmados nela estaremos seguros para a vida eterna – nos fortalece
b) Nos leva a confissão pública (Rm 10.9; 2Tm 1.12)
3. Sabemos que somos do Senhor
a) Salvos por meio de sua Graça
b) O sinal é a fraternidade (1Jo 3.11-14; 13.35) – dar continuidade a mensagem de Cristo (Lc 4.18-19)
4. A nossa fé esta intimamente ligada à nossa convicção
a) A fé traz convicção (Hb 11.1)
b) A convicção é prova da fé (Mt 14.31) – dúvida igual a pequena fé

III. O ESPÍRITO SANTO NOS DÁ A CONVICÇÃO
1.
Evangelho não só de Palavras (1Ts 1.5)
a) Não se limita à palavras
b) É dotado do Espírito Santo que vivifica (2Co 3.6)
2. O Espírito de Deus confirma a nossa salvação
a) Opera em nós desde o tempo da incredulidade (Jo 16.8)
b) Promove a regeneração (Jo 3.5,8)
c) Nos comunica que somos filhos de Deus (Rm 8.16,17) – dar segurança e fé ignorando as insinuações do adversário (1Pe 5.8)
3. A convicção é uma persuasão íntima obtida pela fé
a) Podemos nos apoiar nas palavras do Mestre (Jo 5.24;15.10)
b) Pela fé sabemos para onde vamos (1Co 15.57; 2Tm 1.12)
c) Advém da comunhão com Deus (Jo 3.36) – no culto uns dizem “fui renovado pelo Espírito Santo” outros, porém “não senti nada”
d) As coisas espirituais dependem do estado espiritual de cada pessoa.
4. Pelo Espírito Santo desfrutamos de uma convicção enriquecida pela experiência
a) As lutas diárias produzem experiência (Rm 5.3,4) – fortalecendo a convicção
b) Produz perseverança naquilo para qual foi chamado (Tg 1.3)

CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo nos deixou um excelente exemplo de convicção cristã, ao afirmar: “Eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso” (2Tm 1.12)
Que possamos ter diariamente esta convicção em nossas vidas.

quinta-feira, maio 31, 2007

COISAS PEQUENAS


(Pv 30.24-28)
24. Há quatro coisas mui pequenas na terra que, porém, são mais sábias que os sábios: 25. as formigas, povo sem força; todavia, no verão preparam a sua comida; 26. os arganazes, povo não poderoso; contudo, fazem a sua casa nas rochas; 27. os gafanhotos não têm rei; contudo, marcham todos em bandos; 28. o geco, que se apanha com as mãos; contudo, está nos palácios dos reis.

INTRODUÇÃO

Aprendendo com as coisas pequenas. A sabedoria de Deus opera nesses animais, pelo que eles se tornam nossos professores.

I. QUATRO COISAS PEQUENAS (V. 24)
1.
Pequenas mais sábias
a) Significação das coisas minúsculas - importância, impressão pelo tamanho
b) Enfrentam as desigualdades e sobrevivem - cuidado de Deus
2. Quatro seres ilustram o principal
a) As formigas, os arganazes, os gafanhotos e o geco
b) Tais animais não estão na classe dos gigantes do mundo, mais nos ensina grandes lições


II. AS FORMIGAS (V. 25)
1.
Características (Pv. 6.7)
a) Povo fraco, mais organizado - sem líder, sem chefe e sem governador(social)
b) Trabalhadoras, diligentes e de pleno acordo todas concordam em fazer o que deve ser feito
c) O formigueiro é um lugar atarefado - os membros trabalham de maneira sábia e industriosa
2. Ensinamento (Pv 6.8)
a) Seu trabalho é armazenar alimento para o futuro - conhecem a sua tarefa
b) No verão armazena mantimento p/ o inverno - alimento abundante/escasso
c) Provisão diligente (trabalhando no presente) - meses produtivos
3. Aplicação
a) Trabalho, prudência, diligência e domínio próprio (Mt 9.37-38) - Fruto do E.Santo(Gl 5.22)
b) Devemos armazenar tesouros nos céus (Mt 6.19-21; 1Tm 6.19) - Nosso galardão será dado após o arrebatamento(1Co 3.8)


III. OS ARGANAZES - Texugos, coelhos(V. 26)
1. Características
a) Povo não poderoso
b) Destituído de defesa, porém esperto
2. Ensinamentos (Sl 104.18b)
a) Refugia-se em lugar seguro - nas fendas das rochas (lugares rochosos)
b) A rocha lhe oferece proteção e lhe dá sobrevivência
c) Tem por hábito manter um animal de vigilância o qual avisa a existência de perigo
3. Aplicação
a) Sabedoria
b) Deus é o nosso refúgio (Sl 46.1; Is 26.4) - devemos firmar nossa casa na rocha(Mt 7.24)
c) Deus dá livramento a nossa vida, guardando-nos de todo mal (Sl 121.7) - nos avisa do perigo


IV. OS GAFANHOTOS (v. 27)
1. Características
a) Povo que não tem rei, porém trabalham em conjunto
b) Inteligência ao concretizar seus objetivos - realizam coisas admiráveis (embora destrutivas)
2. Ensinamento
a) Saem em bando e repartem a comida
b) Voam em admirável ordem, cobrindo grandes distâncias de terras e até oceanos
c) Devastam plantações como se fossem exércitos imensos (Jl 1.4-7)
3. Aplicação
a) União, ordem e fidelidad e(Ef 4.13) - devemos marchar libertando os cativos(Lc 4.18-19)
b) O que de graça recebemos de graça devemos dar - unidos uns aos outros(Mt 10.8;Ef 4.2-3)
c) Fazemos parte de um mesmo corpo (Ef 5.30), onde Cristo é a cabeça (Cl 1.18;Rm 12.5)


V. O GECO - Largato, largatixa, "aranha"(v. 28)
1. Características
a) Pequeno, fraco, destituído de defesa - se apanha com as mãos
b) Devora insetos prejudiciais (baratas) - sua estrutura permite andar em todas as direções
2. Ensinamentos
a) Apesar da insignificância habita em palácios reais
b) Liberdade de andar, olhar e explorar o ambiente em todas as direções
3. Aplicação
a) Auto-confiança (2Co 3.4;Ef 3.12) - evangelizar o mundo em todas as direções(Mt 13.38)
b) Fomos adotados por Deus - nosso futuro é habitar ao lado do Rei dos Reis (Ap 21.3)


CONCLUSÃO

Lições ensinadas:
a) Eles compensam sua pequenez e falta de forças com alguma espécie de sabedoria
b) Desempenham tarefas gigantescas com suas habilidades especiais
c) Trabalham juntos em esforços comunitários eficazes
d) Mostram-se diligentes
e) Provêm sua própria proteção e sobrevivência contra grandes desigualdades
f) Servem de ilustrações da sabedoria e providência de Deus, que cuida de toda criação
Que possamos aprender com essas criaturas o objetivo de Deus para conosco.
Amém!!

segunda-feira, abril 30, 2007

O QUE TE DOMINA?

2 Pe 2.19b

INTRODUÇÃO

Esta passagem retrata as características dos falsos Mestres e sua Destruição. Contudo o que nos interessa neste texto e a seguinte frase "... O homem é escravo daquilo que o domina."

I. O QUE TE DOMINA É O SENSO DE DERROTA
1. O pecado
a) Apetite carnal - ódio, avareza, prostituições, ídolos, vícios,...(Gl 5.19-21)
b) O salário do pecado é a morte - ele dilacera, destrói, corrompe, faz definhar,... (Rm 7.17)
c) O que comete pecado é escravo do pecado (Jo 8.34)
d) Quem pratica o pecado procedo do diabo (1Jo 3.8)
2. As coisas deste mundo (1Jo 2.16) - satanás sabe usar estas armas
a) Cobiça da carne - "eu preciso disto" "isso parece tão bom"
b) Cobiça dos olhos - "eu quero isto" "como isso é bonito eu preciso tê-lo"
c) ostentação dos bens - "eu mereço isto" "aquilo me faria tão importante"
3. Os males da vida moderna (2Co 4.8-9)
a) Medo, complexos, insegurança,...
b) Ansiedades, depressão, stress,...
c) Desânimo, fadiga, desilusão, insatisfação,...


II. O QUE TE DOMINA É O SENSO DE VENCEDOR
1.
A nova criatura rompe com a antiga (derrotada) - nascemos de novo em vitória
a) Batizada e revestida pelo Espírito Santo (At 1.5) - conversão e dinamismo
b) Deve ser dominada pelo Espírito Santo - buscar as coisas que são de cima (Cl 3.1-4)
c) Ser cheia do Espírito Santo (Ef 5.18) - para sermos vencedores
d) O que é nascido de Deus não vive em pecado (1Jo 5.18) - Seu sangue nos livrou(Ap 1.5)
e) O pecado não terá domínio sobre nós (Rm 6.14) - Cristo morreu por nós(1Co 15.3)
2. Razão de sermos vitoriosos:
a) Cristo venceu o mundo (Jo 16.33)
b) Somos mais que vencedores (Rm 8.37)
c) Vencemos o mal com o bem (Rm 12.21)
d) Tendes vencido o maligno (1Jo 2.13)
e) Tendes vencido os falsos mestres (1JO 4.4)
f) O que é nascido de Deus vence o mundo pela fé (1Jo 5.4) - crer no impossível, no sobrenatural.
3. Cristo deixou promessas aos vencedores:
a) Terá o direito de comer da árvore da vida, que esta no paraíso de Deus (Ap 2.7)
b) De modo algum sofrerá a segunda morte (Ap 2.11)
c) Receberá o maná escondido, uma pedra branca com um novo nome nela inscrito (Ap 2.17)
d) Se fizer a vontade de Deus terá autoridade sobre as nações, governará e partilhará da autoridade de Cristo, e terá a estrela da manhã (Ap Ap 2.26-28)
e) Será vestido de branco, jamais terá o nome apagado do livro da vida e será reconhecido diante de Deus e dos seus anjos (Ap 3.5-6)
f) Será uma coluna no santuário de Deus, será gravado nele o nome de Deus, da cidade de Jerusalém e o novo nome de Cristo (Ap 3.12-13)
g) Sentará com Cristo no seu trono (Ap 3.21)


CONCLUSÃO

Como diz as Escrituras "Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas". Que você possa ter consciência do que Cristo fez por ti e ainda fará? Levante a cabeça, eis um vencedor!

sábado, março 31, 2007

OS LEVITAS E O SACERDÓCIO

Defeitos que não podiam ter - 03/04/2007
(Estudo ministrado na IEAD QND 52 - no Culto da Família)
(Lv 21.17-20)
I. INTRODUÇÃO
O nome Levítico foi atribuído ao livro devido ao fato de que nele é descrito o sistema de adoração e conduta levítica. A mensagem do livro é: o acesso a Deus é somente por meio do sangue e o acesso assim obtido exige a santidade do adorador.
Encontramos as leis e os mandamentos que Deus mandou Moisés dar ao povo de Israel, especialmente as leis a respeito das reuniões de adoração, dos sacrifícios que o povo devia oferecer a Deus e dos deveres dos sacerdotes. Todos os que serviam no Templo eram da tribo de Levi, tanto os sacerdotes como os seus ajudantes, os levitas.
O Deus do povo de Israel é santo. Portanto, esse povo que ele escolheu precisava ser santo também, isto é, precisava ser completamente fiel a Deus.


II. O PADRÃO DE VIDA DOS LEVITAS

1. Os sacerdotes deviam ser exemplos de vida santa:
a) Tanto nos seus deveres cerimoniais quanto ao seu caráter pessoal e seus atos
b) Deus requeria deles um padrão mais elevado do que aquele exigido de um simples membro do povo (Lv 22.2; Is 52.11).
c) Não poderiam ter parte com o pecado. O sacerdote devia separa-se de todos os costumes ímpios e ter uma vida santa, irrepreensível e conformada a vontade de Deus. (Js 18.7)
d) Atuavam como mediador entre o homem e Deus.
e) Não poderiam ter defeito – relativos ao corpo, genéticos, causados por algum acidente ou enfermidade.
2. Este padrão de vida se refere:
a) Quanto ao caráter (Lv 11.44-45) – deviam refletir o caráter de Deus, transcritos nos mandamentos entregues por Deus ao povo.
b) Quanto à esposa (Lv 21.7, 13-15) – não se casaria com viúva, divorciada ou prostituta, seja quais forem às causas. Desposaria uma virgem dentre o povo.
c) Quanto aos filhos (Lv 22.12-13; Dt 6.6-7) – os mandamentos do Senhor deveriam ser passados continuamente aos filhos. A filha do sacerdote que prostituísse seria queimada, ela tinha que ser um exemplo para Israel, do mesmo modo como os filhos.
d) Quanto à alimentação (Lv 11.1-8) – Deus exigiu uma coisa que tinha a razão de ser exigida, tanto do ponto de vista cerimonial como higiênico. A separação entre animais puros e imundos, no que se referia a alimentação visava criar um caráter bem como uma cultura diferente das demais nações, a higiene e uma alimentação saudável.
e) Quanto à localização do lar (Nm 18.20; Js 21.1-3) – não tinha possessão nenhuma na terra, Deus era a sua parte e herança no meio dos filhos de Israel
f) Quanto a moral (Lv 21.4-7) – de moral ilibada e irrepreensível,
g) Quanto à remuneração (Nm 18.21-24) – Os dízimos dos filhos de Israel, que apresentam ao Senhor em oferta, foram dados aos levitas por herança; porquanto Deus lhes disse: “No meio dos filhos de Israel, nenhuma herança tereis.”
h) Quanto aos hábitos (Ml 2.1-9) – deveriam ser livres da iniqüidade e em seu coração não deveria achar maldade, senão o castigo de Deus seria iminente.
i) Quanto ao corpo (Lv 21.17-23; 22.4-5) – não poderia haver nenhuma deformidade/doença.


III. DEFEITOS QUE OS LEVITAS NÃO PODIAM TER
1. Cego (v. 18)
a) Não vê nada (Mt 6.22)- Não acredita em nada; é o resultado da doença;
b) Não vê as maravilhas de Deus (Is 6.9-11; 56.10; Jr 5.21; Mt 6.23; 23.16,24; 1Co 2.9,14; 2Co 4.4; 2Pe 1.9; Ap 3.17);
c) Cristo a tirará (Is 29.18; 35.5; Lc 4.18; 1Pe 2.9)
2. Coxo (v. 18)
a) Andar inclinado para um dos lados, por defeito ou doença no pé ou na perna
b) Todos caminham e recebe bênçãos – Inconstante na sua caminhada (1Rs 18.21)
c) Nunca chega ao lugar desejado – Vai se arrastando e demora
d) Não acompanha o ritmo da igreja (Mq 4.6; Sf 3.19; Hb 12.13)
3. Nariz chato (v. 18)
a) Não sente o cheiro de nada (Êx 16.19-20) – tanto faz estar na igreja como fora;
b) Tudo é a mesma coisa – tem o mesmo comportamento
c) O mau testemunho de fora quer ter dentro da igreja – sem discernimento
d) Não sente o cheiro do pecado (ao lado de um defunto e não sente nada) – não tem o perfume de Cristo (2Co 2.14-16)
4. Membros crescidos (v. 18)
a) Fase de crescimento – onde chega desmantela
b) Partes do corpo mais crescidas que outra – desproporcionado(Jo 3.30)
c) Alistavam nove tipos de defeitos
5. Pé quebrado (v. 19)
a) Não vão para a igreja (At 9.2; Rm 3.17;Tg 1.8) – não faz nada.
b) Sempre tem uma desculpa
c) Impossibilitado de caminhar na obra de Deus (is 40.31;Jo 14.6;Hb 12.13) – Pecado
6. Mão quebrada (v. 19)
a) Não entrega o que é de Deus (Ml 3.8-10;Lc 18.12;Hb 7.8) – dízimo, nem oferta
b) Mão mirrada (Mt 12.10;18.8) – impossibilitado de atuar na obra de Deus(Lc 9.62; Tg 4.8);
7. Corcunda (v. 20)
a) Nunca vê o céu – tudo é para baixo
b) Pensa nas coisas materiais – a salvação deixa para depois
c) Inclinado para as coisas desta vida
8. Anão (v. 20)
a) Baixa estatura – mesma condição sempre
b) Tem que crescer (Ef 4.15; Cl 2.19; 1Ts 3.12; 2Pe 3.18) – deixar de ser menino que se escandaliza com tudo
9. Belida – no olho (v. 20)
a) Catarata, mancha no olho (Mt 7.3) – a não enxerga bem (distorce as coisas espirituais);
b) Impureza no olho - passar o colírio de Iavé (1Jo 2.16)
c) A igreja de Laodicéia foi advertida a comprar colírio (Ap 3.18) – visão defeituosa
d) Se o teu olho for puro, tudo será puro
10. Sarna (v. 20)
a) Várias afecções da pele, como úlceras – Sempre inquieto (2Tm 4.3)
b) Tira a paz dos outros (Ef 4.14)
11. Impigens (v. 20)
a) Não tem calma – não se dá com ninguém (Sl 78.8:Tg 1.8)
b) Não tolera ninguém (Gl 5.15-17;Tg 3.17-18) – briga com todos (filhos, maridos, esposas, chefes, pastores,...)
12. Testículo lesado (v. 20)
a) Não frutifica – não gera (Rm 7.4;Cl 1.10)
b) Temos que frutificar, gerar filhos espirituais, dar bons frutos;


IV. EXTENSÃO DAS RESTIÇÕES FEITAS AO LEVITAS
1. Por que Deus requeria esta aptidão física
a) Defeitos físicos desqualificavam os descendentes de Arão para servirem como sacerdote e oferecerem sacrifícios em favor do povo.
b) O requisito do corpo físico integral do sacerdote, falava do propósito divino, no sentido do sacerdote ser um exemplo vivo da vida total do ministro a serviço do Senhor.
c) O sacerdote tendo um corpo sem defeito seria mais eficaz no serviço de Deus.
d) O animal ofertado deveria ser perfeito, do mesmo modo, o sacerdote que oferecia o sacrifício.
2. A restrição se limitava quanto aos procedimentos de oferecer sacrifícios ao Senhor.
a) O filho do sacerdote que tivesse defeito, comeria das coisas santas, mas não as ofereceria ao Senhor.
b) Todavia quem não pudesse servir como ministro devido a tais defeitos, não perdia o direito de participar do Pão de Deus, isto é, a plena salvação vinda pelo concerto de Deus.
3. Essas restrições aplicam-se as nossas vidas.
a) A exigência divina de um corpo perfeito no sacerdócio levítico prefigurava a perfeição moral de Cristo
b) Apontava para as qualificações espirituais requeridas por Deus para os ministros do Novo Testamento
c) No ministério devemos ser inculpável e irrepreensível.
d) Devemos procurar ser perfeito diante de Deus (1Pe 2.5).


V. CONCLUSÃO

Hoje temo livre acesso ao Pai por intermédio de Jesus, o qual É nosso Intercessor e Advogado junto a Deus(1Tm 2.5;1Jo 2.1).
Por isso, devemos ter uma vida diária de santidade diante de Deus (2Co 7.1; Hb 12.14). Temos a obrigação de retirar de nossas vidas todas as impurezas (1Ts 4.7; Rm 6.19). Por que esta é à vontade de Deus (1Ts 4.3)


BIBLIOGRAFIA
CHAMPLIN, Ph. D. Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado, 1ª Edição, São Paulo, Editora Candeia, 1995.
BOYER,BO. S. Pequena Enciclopédia Bíblica. Vigésima Segunda Impressão, Editora Vida, São Paulo, 1995.
POSSIDÔNIO, Antônio. Apostila Levítico. FATAD – Faculdade Teológica das Assembléias de Deus. Brasília-DF, 2004.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

CONHECENDO A VONTADE DE DEUS

1Ts 5.16-18

INTRODUÇÃO
O texto que lemos contém três ordens que dão idéia de perpetuidade (continuidade), que nos induzem a perceber a vontade de Deus.



I. "REGOZIJAI-VOS SEMPRE"
a) Sentimento de alegria - em um mundo hostil
b) Uma das virtudes do fruto do Espírito (Gl 5.22)
c)Produto do avanço / desempenho espiritual
d) A alegria do crente é diferente da mundana - a alegria espiritual não depende de circunstâncias externas favoráveis a sua expressão (Rm 14.17)
e) A alegria espiritual deriva do bem estar espiritual da alma
f) A base é a união mística com Cristo


II. "ORAI SEM CESSAR"
a) meio de direcionar súplicas a Deus - fruto de um coração transformado
b) Nenhum intervalo deve haver na vida do crente - constância
c) Trata-se de um espírito dedicado a oração - hábito
d) A devoção deve ser a principal ocupação na vida do crente
e) Através dela demonstramos nossa dependência para com Deus
f) Pouquíssimas são as coisas que não podem ser precedidas pela oração
g) A prática deve ser constante - não apenas em momentos difícieis


III. "EM TUDO DAÍ GRAÇAS"
a) Trata-se de um ato de devoção ordenado por Deus
b) Sentimento de mostrar grato ao Senhor - por todas as coisas
c) Por meio da adoração agradecemos a bondade e a misericórdia de Deus ante o sucesso, o suprimento;
d) Somente quando cumprirmos a vontade de Deus encontramos motivos para Lhe sermos gratos
e) Trata-se de um estágio de desenvolvimento espiritual


CONCLUSÃO
À vontade de Deus é que em todas as circunstâncias regozijemos, tendo na oração um meio de dar graças a Deus.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

CONHECENDO JESUS NO CAMINHO


Lc 24.13-35

INTRODUÇÃO
Este texto nos fala da ação educativa de Jesus que ultrapassa essas 4 paredes e alcança o nosso cotidiano, o nosso dia-a-dia.


I. DESAPERCEBIDOS

1. A história acontece no mesmo dia da ressurreição de Cristo
a) Ocorre no caminho ao povoado de Emaús - 11km de Jerusalém (v.13)
2. Dois discípulos andavam e discutiam sobre os últimos acontecimentos em Jerusalém (v. 14)
a) Um deles chamava-se Cléopas (v. 18)
b) Os horrores da crucificação estavam ainda latentes em suas mentes (v. 15)
c) Jesus se aproximou e passou a andar com eles
3. Não reconheceram o Mestre (v. 16)
a) Eles não o reconheceram - seus sentidos espirituais estavam embotados
b) Preocupados com a conversa não param para reconhecer o Mestre - circunstâncias
4. Que é isso que vos preocupa (v. 17)
a) Certo toque de agonia mental havia na conversa - talvez conversavam a fim de aliviar a pressão mental pelos horrores da crucificação
b) Ao serem interpelados por Jesus - uma nova onda de tristeza os envolveu e perderam a capacidade física de caminhar
c) Ficaram em silêncio pensando em como relatar o ocorrido (v. 18) - para Cléopas era difícil alguém em Jerusalém não saber do ocorrido (mostra espanto misturado com impaciência)


II. O QUE PENSAVAM DE JESUS

1. Explicando quem era Jesus
a) Para eles Jesus era um grande profeta, um homem de fé e poder (v. 19)
b) A culpa da morte de Jesus foi lançada sobre as autoridades religiosas (v. 20)
2. Tinham em mente um Líder político (v. 21)
a) Ainda não compreendiam o real sentido do Reino que Jesus veio implantar
b) Mostram frustração pela morte repentina de Jesus - ignorância
3. Sentimento de esperança e desespero (vv. 22-24)
a) Ainda marcados pelo Sacrifício de Jesus - relutavam e abrir o coração há tão grande esperança de ressurreição
b) Relato das mulheres ao visitar o sepulcro e dos discípulos ao irem comprovar
c) O calvário não foi o fim e sim o começo
d) Durante o trajeto mostraram dificuldade para crer que Ele houvesse ressuscitado
4. Reprimenda dada por Jesus (vv. 25-27)
a) Jesus queria ensinar que tanto a paixão como a ressurreição do Messias eram ocorrências de acordo com a mensagem dos profetas do V.T
b) Ignorância tanto intelectual como espiritual
5. Chegando ao seu destino, quando Jesus fez menção de seguir adiante (vv. 28-30)
a) Eles o constrangeram a ficar e cear com eles
b) Jesus concordou em ficar
c) Dá-se início a Ceia - Jesus parte o pão e distribui entre eles.


III. RECONHECENDO JESUS
1. Os olhos dos discípulos se abrem e eles o reconhecem! (v. 31)
a) As ações de Jesus ao conduzir a ceia lhes parecia familiar
b) A oração, os gestos - de repente em suas mentes retomam os testemunhos das mulheres e discípulos
c) Fixam os olhos em Jesus e o reconhecem - ao intentarem abraçar ele desaparece
d) Meditam sobre o acontecimento, retornam a Jerusalém e contaram aos outros o testemunho (vv. 32-35)
2. Jesus quer se manifestar a nós, não somente na igreja, mas também pelo caminho.
a) Caminho da escola, do trabalho, do lar, dentro do transporte urbano, no trânsito, na sala de aula, na família – suportando pressões!
3. Não seja desapercebido
a) “Bem que eu sentia um fogo no peito enquanto estava naquele lugar...”;
b) “bem que eu poderia ter percebido que Ele estava lá comigo...”;
c) “Bem que eu percebi que algo muito forte ardia dentro de mim...!”.
4. Jesus apareceu objetivando:
a) Dar substância a conversa e mostra que ele nada perderam
b) Mostrar a vitória que haviam alcançado
CONCLUSÃO

O Senhor quer se manifestar a você no caminho! No seu dia-a-dia. Fazer seu coração arder constantemente, 24h por dia. Sua alegria ser diária pelo gozo de Sua presença. Aproveite a presença de Jesus já"!