segunda-feira, julho 31, 2006

A MAIOR MISSÃO QUE A HUMANIDADE JÁ VIU

Mt 4.19b
INTRODUÇÃO
O homem em sua cegueira movido por um contexto atribulado, corrido, individualista, não consegue visualizar a maior obra que Deus(O Criador) deixou para ser executada(Jo 3.16).

I. A MAIOR MISSÃO QUE A HUMANIDADE JÁ VIU É URGENTE
1. A missão de Jesus Cristo
a) Fazer a vontade de Deus (Jo 4.34) - Libertar os cativos e oprimidos (Lc 4.18-19;19.10)
b) Substituir o homem - incapaz de salvar-se devido ao pecado (Lc 19.10;Rm 3.23)
c) Pagar o resgate do homem - reatando sua comunhão com Deus (Gl 3.13;1Tm 2.6)
2. A interação de Jesus com o seu chamado
a) Tinha pressa (Mt 8.20) - Ardia de paixão pelas almas (andando/deixando/seguiram)
b) Tinha pouco tempo - Uma gigantesca colheita jazia a seus olhos, brancos (Jo 4.35)
c) Tinha pouco trabalhadores - a seara é grande e poucos são os ceifeiros(Mt 9.37)

II. A MAIOR MISSÃO QUE A HUMANIDADE JÁ VIU TRAZ CAPACITAÇÃO
1.
"Vinde após mim,..."(v.19)
a) Vinde após mim - significa "sede meus discípulos" (1Co 11.1)
b) Contato diário com o Mestre - aprender por observação e não apenas por preceito (Mt 4.23)
c) Um convite a seguí-lo, a caminhar com Ele, participar de sua obra(Hb 3.14)
2. Os discípulos eram homens comuns (vv. 18-20)
a) Os primeiros discípulos Simão (Pedro) e André lançavam a rede - o dia estava começando
b) Pescadores - trabalhavam no negócio mais comum da região (peixe) lucrativo
3. A capacitação vem do treinamento ((Lc 12.12;Jo 14.26;2Pe 2.18;1Ts 3.12)
a) "...e eu vos farei" - eu vou ensiná-los/treiná-los
b) O papel do Espírito Santo na história é capacitar - Moisés, juízes, Cristo, discípulos, igreja
c) "Nos últimos dias derramarei do meu Espírito sobre toda a carne...."(At 2.17)

III. A MAIOR MISSÃO QUE A HUMANIDADE JÁ VIU REQUER PRONTIDÃO
1.
Prontidão em mudar de posição/alvo/foco/objetivo "..., deixando,..."
a) De pescadores de peixes para pescadores de Homens
b) De trabalho material para trabalho espiritual - o reino de Deus (Mt 6.33)
2. Prontidão em atender o chamado "... imediatamente..." (v. 20)
a) Seguiram a Jesus imediatamente
b) Sem qualquer pergunta e preparação - negar-se (Mt 16.24) a si mesmo (vem e morre)

IV. A MAIOR MISSÃO QUE A HUMANIDADE JÁ VIU ENVOLVE O CRISTÃO
1. Participa da obra de Cristo "...Ide e fazei discípulos de todos os povos,..."(Mt 28. 19)
Obs.: não é fazer convidados, convencidos e convertidos... É discípulos
a) É pessoal - cada um vai dar conta de si (Talentos Mt 25.14; Senhor da vinha Mt 201-16)
b) Deve produzir frutos - "todo ramo que não der fruto, tira;" (Jo 15.2)
c) Uma vida frutífera é uma vida cheia do Espírito Santo (Jo 15.5;At 4.31;Gl 5.25)
2. Participa do galardão de Cristo
a) Aqui na terra - vida física "aquele que deixar...receberá cem vezes..."(Mc 10.29-30)
b) Na Sião Celestial - vida eterna com Cristo "... Vinde, benditos de meu Pai...."(Mt 25.34)

CONCLUSÃO
Você que estar apático, sem disposição e com uma vida sem sentido Deus lhe chama está noite "Vinde após mim e participe da maior missão que a humanidade já viu". O Espírito de Deus estar aqui para capacitar.

segunda-feira, julho 24, 2006

ROTEIRO DE EXEGESE

A seguir demonstramos um breve roteiro de como se fazer exegese de uma passagem bíblica.


I. Identificação do texto
1. Texto em análise: ___________________


II. Análise do Contexto histórico geral
1. Quem escreveu? (Identifique o autor e seu contexto cultural, geográfico, político, social e religioso)
2. Quem são os destinatários? (Contexto histórico-cultural)
3. Quando escreveu? (Período)
4. Onde escreveu? (Localização geográfica – influência do meio)
5. Propósito do autor? (Intenção autoral)


III. Análise histórico-crítica
1. Qual é o gênero do livro?
2. Qual a estrutura do livro?
3. Qual o “SITZ IM LEBEN”? (circunstância formadora do livro – fundo histórico-cultural)



IV. Estabelecendo a Perícope
1. Delimitação da perícope
a) Limites da passagem a ser estudada – identificar as divisões naturais do texto
b) Determinar o início e fim do texto (observe mudança de assunto, de personagens, de topografia, de gênero, de linguagem, anúncio de tema, título introdutor, novos destinatários, conjunções)
2. Crítica textual
a) procurar a versão que mais se aproxima do original (a mais apoiada, citada e usada; aquela que se harmoniza com o estilo do autor)
b) Transcrição do texto em várias versões, inclusive no original.
3. Aperfeiçoamento da perícope
a) Determine a unidade temática da perícope (assunto específico)
b) Verifique a autonomia temática da perícope em relação aos textos anteriores/posteriores



V. Análise Gramatical (léxico-sintática)
1. Fazer um esboço e diagrama das sentenças
2. Identificar se há figuras de linguagem e estabelecer seu significado
3. Identificar os conectivos dentro dos parágrafos e sentenças
4. Isole as palavras que necessitam de um estudo especial
a) Busque seu significado na língua original
b) Busque seu significado dentro da passagem


VI. Análise do contexto bíblico-teológico
1. Confronte a passagem com o restante da Escritura – a doutrina / mensagem desejada pelo autor
2. Confronte a passagem com a teologia bíblica – ensinamentos que o autor pretendia



VII. Uso de recursos secundários
1. Utilize-se de comentários, dicionários, concordâncias, etc.
2. Investigue a opinião de outros exegetas sobre a passagem em estudo



VIII. Concluindo a análise da perícope
1. Estabeleça seu entendimento sobre a passagem
2. Segregue suas elucidações através de sentenças – por idéias (evite a mistura)



Confeccionado por: Pr. João Marcos

terça-feira, julho 18, 2006

MINISTÉRIO ECLESIÁSTICO


Conhecendo a Excelência Ministerial
João Marcos Moreira Teixeira

RESUMO
Este texto nasce como uma síntese da aula do autor ministrada na Faculdade Teológica das Assembléias de Deus, disciplina Teologia Pastoral, que abordou a temática sobre a excelência do ministério eclesiástico, objetivando promover uma reflexão da concepção atual do ministério, bem como elucidar que a nobreza não se encontra apenas no título e sim na verticalidade com Deus e na horizontalidade com nossos semelhantes.
Palavras-chave – Ministério; Servir; Títulos; Obreiro.

O Ministério
É hoje prática corrente, no meio evangélico, que alguns cristãos se dediquem ao ministério eclesiástico motivado apenas por interesses pessoais sem ter a certeza de ser um obreiro aprovado por Deus. Portanto, visamos neste breve texto expor o verdadeiro sentido que o cristão deve ter na busca pela excelência ministerial.
Onde está a excelência do ministério? Para o jovem obreiro ela se encontra na participação do corpo ministerial da igreja onde, fazer parte deste grupo seleto, tomar parte das decisões, conhecer os desafios e as oportunidades da igreja e entender o modelo de gestão do pastor, é para ele motivo suficiente para se sentir satisfeito.
Outros se satisfazem apenas com o título ministerial: auxiliar, diaconisa, diácono, presbítero, evangelista, pastor, missionário (a), dentre outros que temos por ai. Porém, o título por si mesmo nada é, se a unção e a virtude profética de Deus não estiverem sobre ele.
Não é o título ministerial que enobrece o ministério, pois este se refere apenas a uma forma de identificação, o que conta mesmo e a disposição do obreiro em atrair para si a responsabilidade outorgada por Cristo que é servir ao próximo.
Infelizmente hoje o título esta relacionado ao profissionalismo, sendo vulgarizado em certos contextos de nossa sociedade. No afã de se sobrepor aos outros, certos obreiros buscam nomes pomposos como: bispos, apóstolos, dentre outros, os quais na prática fogem a terminologia inicialmente dada ao termo. Se continuarmos assim, breve teremos em nosso meio alguém se intitulando como o único representante de Deus na terra, fato este já visto em nossa história.
Os títulos ministeriais enchem-nos de orgulho e ocasionalmente perdem o foco e o sentido que os discípulos lhes empregavam. Ministro se refere a um enviado, ajudante de remador e a um escravo, de acordo com o termo original. Na primeira carta de Paulo aos Coríntios 4.1, Ministros (gr. Huperetes, remador inferior/ajudante de remador) não é servo (diácono) nem escravo (doulos), é viver sob ordem de um superior.
Partindo desse conceito, notamos como são erradas as atitudes de certos obreiros ao acharem que quanto mais degraus eclesiásticos subirem na igreja, mais imponências terão diante do povo. O efeito é justamente o contrário, quanto mais subimos mais a nossa responsabilidade e serviço aumentam. Não deixamos de ser diácono ao assumirmos a função de presbítero, e este não deixa de ser quando assume a função de evangelista, o que na realidade acontece é que acumulamos as funções anteriores.
Paulo primeiro na lista de importância na edificação da igreja e o último a ser reconhecido na igreja local. A nobreza do ministério reside no chamamento divino, fazer parte do conselho de Deus na terra, representando: misericórdia, amor, graça e justiça divina. Deus não esta interessado em título, mas no comprometimento do obreiro com sua chamada.

A Excelência do Ministério
A prática pastoral perdeu o sentido em alguns lugares do Brasil. A falta de comprometimento de alguns lideres quanto ao preparo e a separação de obreiros tem proporcionado a vulgarização do ministério eclesiástico. Homens e mulheres que não conhecem suas funções. Esta inércia tem produzido no seio da igreja maus e infiéis obreiros. Que tipo de obreiros a sua igreja tem? Que tipo de obreiro você é?
Não sejamos como Elias que pensava estar só (1Rs 19.18), existem obreiros hoje que são fiéis ao Senhor, cumpridores de suas obrigações. Graças a Deus por isso!
O obreiro deve ter em mente que:
a) seu ministério não é uma profissão
b) a igreja não é sua
c) ele prestará contas a Deus
d) ele é um despenseiro de Deus na igreja
e) ele é um exemplo para o povo (1Pe 1.7;2.12)
Uma frase que tem se propagado no meio do povo evangélico é “não olhe para o irmão e sim para Cristo”. Este conceito está errado, temos que olhar para você e ver Cristo refletido em seu caráter e conduta. Devemos seguir o exemplo do Apóstolo Paulo ao dizer: “Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.” (1Co 11.1)
A excelência do ministério não está nos degraus ministeriais e sim na verticalidade com Deus e na horizontalidade com nossos semelhantes (Mc 12.29-31). A vida consagrada e condizente com a palavra de Deus não é para honrar-nos e sim a Cristo.
Os obreiros necessitam repensar sobre seu ministério e sair do cunho profissional para o vocacional. Qual é o requisito básico que um ministro de Deus deve ter? As qualificações são encontradas nas Escrituras (1Tm 3.8-13; At 6.1-6; Tt 1.5-9). Interessante notar que o nome pastor aparece uma única vez em Ef 4.11 e os apóstolos eram apenas servos de Cristo.
Devemos ter em mente que somos servos de Deus e não empregados de denominações. Um dia prestaremos contas a Deus por nosso trabalho em seu Reino. Os líderes e as igrejas não são camaleões que se adequam as realidades sociais, políticas e culturais de seu contexto. Ao invés de se destacar se camufla e de aparecer se esconde. Nosso compromisso é cumprir a Grande Comissão (Mt 28.19-20)
Em alguns lugares a capacitação teológica tem mais valor que a espiritual. Lemos tudo menos a Bíblia. O cristão deve ser temperado crescer na graça e no conhecimento (2Pe 3.18). Desenvolver só o conhecimento pode gerar um crente formal, sem a unção do Espírito Santo. Crescer só na graça pode gerar um crente fanático, aquele que espiritualiza tudo. Seguir apenas um dos caminhos é perigoso, porém quanto os dois se desenvolvem junto o resultado é poderoso.
A igreja tem que ser o referencial de Deus no mundo. E cada cristão é o agente deste empreendimento, principalmente o obreiro. Assim, o ministério não pode perder o espírito profético, mas deve respirar, exalar e manifestar o caráter profético que é o de confortar, edificar, consolar, fortalecer e orientar a vida das pessoas.
Tomamos por exemplo Paulo e Barnabé que agindo como instrumentos do Espírito Santos revolucionaram seus dias. Servir a Deus com pureza e sensibilidade do Espírito Santo é a obrigação de cada cristão. O que você esta fazendo?
Qualquer que seja o chamamento ministerial: apóstolo, mestre, pastor, evangelista, profeta e missionários, cada um vem envolto de uma atmosfera profética que desafia, confronta e denuncia as obras das trevas (1Jo 2.15;5.19).
Diante do exposto, tenhamos em mente que vivemos ao lado de pessoas que tem dramas, problemas e aflições. Este é o cheiro das ovelhas. Fomos chamados servir, auxiliar e cuidar do rebanho do Senhor, e não para nos impor (dar “carteirada”) aos irmãos. Procure preservar em seu ministério o vigor profético, o cheiro do povo, a unção de Deus, jamais se deixando corromper pelo sistema mundano.

Agradecimentos
O autor agradece ao Reitor da FATAD Jales Divino Barbosa pela oportunidade de produzir este estudo a fim de conduzir os alunos da disciplina de Teologia Pastoral a uma reflexão da concepção atual do ministério eclesiástico.

Referências
Jr, John F. MacArthur. Ministério Pastoral. Editora CPAD. Rio de Janeiro, 1998.
TEIXEIRA. João Marcos M. Ministério Eclesiástico – conhecendo a excelência ministerial. Estudo. Brasília/DF, 2006.
Brasília, 24/04/2006